Perfeição, existe ou não?

Esta partilha é especial porque é inspirada numa grande amiga minha. 
Ela é uma irmã para mim, conhecemo-nos há muito tempo e graças a ela eu quis fazer esta partilha convosco.

Nos ultimos anos tenho dado aulas a crianças do pré-escolar e do 1º ciclo.
Tendo o contato com as crianças consequentemente tenho também com os seus pais.  que me trás a este tema do perfecionismo.
 
Observei que uma grande parte dos pais tem uma constante obsessão pela perfeição.
Ou seja, exigem muito de si próprios e dos seus filhos. E uma constante procura pela satisfação.
Noto que os pais são muito exigentes com os filhos, esperando que eles entendam as coisas com o se fossem adultos.
Procuram uma maneira de fazer as coisas pelo melhor e sem falhas.
Apontam o dedo ao mais ínfimo erro, mesmo a crianças que estão numa idade em que “podem falhar”.

Todos podemos falhar, sim, mas as crianças têm o seu tempo, o seu desenvolvimento e a aprendizagem não é constante. Crianças da mesma idade evoluem e aprendem de formas diferentes e estão em estados de aprendizagem diferentes.

Isso não quer dizer que seja bom ou mau, é apenas diferente.

 

O que acontece é que os pais:

– ou por olharem para o lado e verem como acontece com outros pais

– ou por levarem uma vida muito acelerada sem se consciencializarem

Sentem que querem as coisas para já, para o momento imediato e querem as coias bem feitas.

Mas é preciso tempo, é preciso falhar, é preciso errar, para que as coisas possam correr melhor, OU NÃO.

As crianças do 1º ciclo estão na fase de maior aprendizagem a nível escolar, onde tudo é novo e surpreendente como passar de ano que para eles é uma grande conquista.

Estas crianças têm uma esponja dentro delas, aprendem tudo e mais alguma e muito pela observação.

É aqui que os pais têm um PAPEL FUNDAMENTAL neste processo.

Claro que todos os adultos e todas as interações humanas que as crianças tem são ótimas para o seu desenvolvimento e para a sua aprendizagem. Mas os pais têm um papel fulcral.

As crianças passam mais tempo na escola e com os professores do que com os pais, mas estes serão sempre os exemplos que eles irão seguir.

Mas, se os pais estão naquela correria diária e constantemente a compararem-se com os outros, estão a passar o exemplo de que:

– o que se faz não é suficiente

– o que se faz não chega

– o que se faz não é perfeito

– há sempre alguém que faz melhor

Essa procura da perfeição (mesmo que interna por parte dos pais) vai sempre ser transmitida para os filhos.

Este assunto passa-nos ao lado, porque quando somo perfecionistas tem de ser assim e pronto. Achamos nós…

Atenção que contra mim falo. Eu sou uma pessoa que tenta ser extremamente eficiente e não falhar e para isso acontecer tento ser perfecionista ao máximo.


MAS EU ACHO QUE A PEFRFEIÇÃO NÃO EXISTE!

Por variadíssimas razões, mas por uma em especial.


Se calhar, a perfeição existe em determinados aspetos e não outros, mas no que toca a relacionamentos humanos, interação humana e a vivência com pessoas, eu acho que a perfeição não existe por uma razão:

NÓS NÃO CONTROLADMOS O UNIVERSO.


O que é que isto quer dizer?

São muitas as variáveis que fazem com que o resultado não seja o que nós esperamos, o espetável, o perfeito.

Nós até podemos prepararmo-nos ou controlar até um determinado ponto, mas depois existem outras variáveis que não controlamos. E são muuuitas!
Isso faz com que aquilo que nós planeamos e idealizamos, possa não ser exatamente isso.

As variáveis externas são aquilo que nós não controlamos, como coisas que possam ter a ver com os outros, com o ambiente, com algo que aconteceu na estrada ou algo que alguém nos disse que veio a alterar os planos completamente todos, etc

Todas as coisas que são externas ao nosso pensamento e as nossas ações, nós não controlamos. Podemos estar preparados até certo ponto, mas só até aí.

E se nós não conseguimos estar preparados a 100% em determinadas coisas da vida, então podemos esperar que nem tudo seja perfeito.

Isto faz-me então lembrar a minha amiga.
Ela é uma querida, nós somos amigas há muito tempo e conhecemo-nos muito bem.

Ela sempre foi perfecionista e assumida. Ela sabe que o é e em demasia.

Mas o que é em demasia estraga.

Quando nos pedem, em entrevistas por exemplo, para apontarmos uma qualidade e um defeito, é dificil.

É difícil olhar internamente e apontarmos a nós mesmo qualidades, ainda para mais os defeitos.

O perfecionismo tanto pode pender para um lado da balança como para o outro. Mas quando é em demasia, qualquer que seja a característica, poderá ser realmente um defeito.

Neste caso, não quero apontar um defeito nela, quero dizer que, algumas das vezes, isso lhe possa trazer mais coisas negativas do que positivas.

Toda a vida ela sonhava em ser mãe. Sonhou muito com o assunto, planeou muito o assunto e o maravilhoso é que ela é mãe agora e está completamente radiante e babada com o seu rebento, que é um bebé lindo do qual ela deve mesmo estar orgulhosa.

Mas durante muito tempo ela planeou, idealizou, informou-se, pesquisou tudo sobre bebés, pediu a opinião e a imensas pessoas que já tinham sido mães, pesquisou mil e um sites, procurou como fazer e como não fazer, como agir em determinada situação e por aí em diante.

Ok, ela planeou e preparou tudo isso e agora que ela é mãe adivinhem só!?

Todos os dias, desde que ela foi mãe, ela está numa luta interna por ter consciência de que nada é perfeito e que ela não consegue ser a mãe perfeita que idealizou, leu, viu e julgava que podia ser. Porque?
Porque é um bebé e eles são imprevisíveis e fazem com que as mães tenham uma capacidade enorme de se adaptar ao momento, mas que também tenham de saber lidar com as tais circunstancias externas que não controlamos.

E se assim o é, se não controlamos, nós não conseguimos ser perfeitos.

Não nos conseguimos preparar a 100% para lidar com os assuntos. Porque não sabemos o que vai acontecer, por mais bem informados e testados que estejamos.

Claro que a experiencia é uma grande mais valia e traz-nos sempre coisas positivas e formas boas de lidar com os assuntos. Contudo, para além de ela ser uma recente mãe, ela tenta ao máximo não falhar. O que não acontece. Ela falha e está a lidar com isso agora.

Podemos refletir sobre a tentativa de perfecionismo desta minha amiga. Por isso é que ela me inspirou a fazer esta partilha. Ela percebeu, e todos nós que partilhamos da opinião de que a perfeição não existe percebemos, que nós podemos falhar.

VAMOS SEMRPE FALAHAR.

Vai sempre haver alguém que faz isto ou aquilo melhor que nós.
Vai sempre haver alguém que tem um filho mais bem comportado que o nosso, um filho que dorme e come lindamente e o nosso não.
Vai sempre haver alguém que sabe lidar melhor com aquela situação melhor que nós.

A ação de olhar para o lado, compararmo-nos com os outros, constatarmos que se os outros conseguem e pensar que então nós é que não somos perfeitos… essa comparação constante leva-nos a achar que estamos sempre a falhar.

Provavelmente aquilo que nós achamos que, nos outros, está perfeito, esses outros vão achar que não está e que outro alguém é que está. Por isso, acredito que, tal como a minha amiga, hajam mais mães numa situação semelhante e que se sintam frustradas ou tristes com elas próprias por não conseguirem atingir essa perfeição.

Podemos pensar que nossos filhos dependem inteiramente de nós e que, se não formos perfeitos, estamos a falhar para com eles. Mas julgo não ser verdade.

Muitas vezes tentamos, até com crianças mais crescidas, não falhar à frente deles, não mostrar que não somos perfeitos. Pensando que temos de mostrar que somos a melhor mãe do mundo. Aquilo que devemos tentar fazer é mostrar que as falhas existem e que nós não somos perfeitos e que podemos SEMPRE falhar.

Devemos ter referências e tentar sempre fazer melhor. Se fosse de outra forma ficaríamos conformados com o temos e não evoluiríamos. Mas isso não quer dizer que não estejamos satisfeitos com aquilo que fazemos.

ATENÇÃO, eu disse “aquilo que fazemos” e não “o resultado”. É muito mais importante valorizarmos o processo, o caminho, a forma como lá chegamos, do que propriamente o resultado.

Aquilo que queremos é o resultado, sim, mas se conseguirmos disfrutar do processo, aí vamos conseguir apreciar o resultado.

Se não disfrutarmos do processo, se não admitirmos que possam existir falhas e se acharmos que caso o resultado não seja exatamente aquele que tinhamos planeado, então é porque falhámos, é porque não fomos perfeitos.

Se não conseguirmos fazer isto, então vamos estar sempre com uma pressão enorme aos ombros porque falhámos e não fomos perfeitos.

Ao fazer o oposto, se considerarmos que, corra como correr é o acontece, vamos disfrutar mais do processo.
Iremos dar o nosso melhor sempre, principalmente as mães que, com certeza sentem que se não derem o seu melhor não estão a ser boas mães. Contudo, devemos também ter atenção onde é que colocamos a nossa energia e a maior parte da nossa atenção, foco e preocupação. É no processo que vamos ser mais felizes.

AS MÃES NÃO SÃO PERFEITAS.

Elas falham, têm problemas, choram e podem demonstrar aos filhos que estão tristes e é nessa demonstração de que todos somos humanos e também imprevisíveis e com formas diferentes de reagir às situações, que eles, os filhos, também podem falhar e sentir que não faz mal. Assim poderão crescer de forma positiva em relação a si próprios, sem terem de se comparar e sem a pressão social de que têm de ser perfeitos, PORQUE NÃO TÊM.

Muito a pensar nesta minha amiga e nas mães que acham que têm de ser “boas mães” e que se algo falha já não o são, criei um QUIZ com o objetivo de as ajudar a compreender melhor os seus comportamentos e consequentemente os dos filhos.

Não é para dizer que tu, que és mãe, és uma “boa” ou “má” mãe. Mas é fundamental conheceres-te a ti mesma, perceberes como é que ages, para das duas uma:

– manteres-te como estás e ficares satisfeita com isso e “bola para a frente”

– alterares o mindset da perfeição e melhorares as tuas ações e comportamentos perante os teus filhos, direcionando-te para caminhos diferentes.

O quis foi inspirado na minha experiência, na vivência com os pais dos meus alunos, nos meus estudos e em pesquisas que eu fiz de uma psicóloga de comportamentos parentais. Ela chama-se Diana Baimrind e criou 6 tipos de mães, agora adaptados por mim. Todas as mães têm um bocadinho destes 6 tipos, mas predominantemente são mais um do que outro.

Este QUIZ serve para que, com base nas tuas respostas consoante o teu comportamento enquanto mãe, obtenhas um resultado que te vai dize o tipo de mãe predominante é que tu és.

Isso vai ajudar-te a entender-te a ti mesma e a teres uma consciência melhor de como tu ages.

Quando o submeteres, vais receber no teu email toda a informação do resultado que te deu e isso vai ajudar-te a perceber as consequências que isso tem nos teus filhos. Pois por sermos tendencialmente um determinado tipo de mãe, muito provavelmente, os nossos filhos também serão tendencialmente de uma forma ou de outra.

Tudo isto, não é claro como a agua, porque os nossos filhos não vivem so connosco, não tem experiencias e aprendizagens só através dos pais. Eles adquirem conhecimento de todas as interações que têm. Mas como os pais são o grande exemplo na vida deles, tendencialmente também poderão ter um certo tipo de comportamento e características, consoante o tipo de mãe.

Somando uma coisa com a outra, vias poder sempre melhorar a relação que tens com os teus filhos. Vais compreende-te a ti e a eles melhor e adaptar às circunstancias.


Acede a este link para fazeres o quiz – https://ivlv.me/kTiN3

Se não és mãe, mas leste até aqui, partilha o link com aquela super mãe que conheces, aquela amiga especial que tenhas e que adore os seus filhos e que faz tudo o que for preciso para que eles sejam crianças felizes, saudáveis e integradas na sociedade.

Partilha este link com ela para que também possa usufruir dos conhecimentos que vão receber ao fazer o quiz. 

SARA FERREIRA

Olá, eu sou a professora de Dança que te vai pegar o bichinho. 😄🤘

Danço desde que me lembro e concretizei um dos meus sonhos ao licenciar-me em Dança pela Faculdade de motricidade Humana. 🎓

Dou aulas há mais de 10 anos e o meu próximo sonho é fazer com que também TU fiques com o bichinho da Dança. 🤩 Porque quem Dança é mais feliz!

Atenção⚠️ 
Aqui podes ser picado!

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